ATLAS DE OFTALMOLOGIA
Coriorretinite por toxoplasmose. A reação inflamatória observada na coróide, na íris e nos vasos sanguíneos retinianos tenha origem imunológica e não seja resultado de uma infestação direta.
Coriorretinite por tuberculose. A iridoclite crônica é o achado mais frequente, mas coroidite e vasculite retiniana também podem ocorrer. Nota-se tubérculos espalhados (de coloração mais clara) pela retina.
Degeneração macular relacionada à idade. Observa-se drusas no fundo de olho, as quais podem ser a manifestação inicial da DMRI e constituem fator de risco para atraofia macular e neovascularização.
Coriorretinite por CMV. O acometimento da retina e da úvea posterior por CMG ocorre caracteristicamente em pacientes HIV+ com CD < 50 céls/mm³, sendo o achado de hemorragia e exsudação retinianos (aspecto de “queijo com catchup”) um indicador de AIDS avançada.
Blefarite. Geralmente bilateral e associada a estafilococos, manifesta-se com hiperemia da margem palpebral e conjuntival, crostas na base dos cílios, prurido, sensação de corpo estranho, lacrimejamento e filme lacrimal espumoso.
Olho vermelho traumático. Observa-se padrão de hiperemia difusa e a presença de coágulo em câmara anterior. Em traumas oculares, o exame da câmra anterior é fundamental para avaliar a presença de hifema.
Dacriocistite. É a inflamação do saco lacrimal. Geralmente está associada à obstrução das vias lacrimais.
Episclerite nodular. Apresenta-se com nódulo móvel sobre a esclera e desconforto ocular. Geralmente unilateral, resolve-se esponstaneamente em semanas.
Equimose palpebral. É um sinal da trauma ocular. Quando bilateral ("olho de guaxinim"), sugere fratura de base de crânio.
Estrabismo paralítico. Paciente com déficit de supraversão esquerda (músculo parético). Pode ser causado por compressão, isquemia, inflamação, secção traumática e degeneração.
Halo senil. Conhecido como arco senil, resulta do depósito de colesterol ao redor da íris. Apresenta-se sem sintomas, acometante cerca de 60% das pessoas acima de 60 anos.
Hipotireoidismo congênito. Esotropia e ptose palpebral esquerda. O estrabismo é muito frequente em crianças com déficit mental (até 40% dos pacientes com síndrome de Down).
Hiposfagma. Aparecimento súbito (espontaneo ou após manobra de Valsava) de hemorragia sob a conjuntiva.
Icterícia. Esclera amarelada por acúmulo de bilirrubina. Sinal de hiperbilirrubinemia.
Ictiose Arlequim. A imagem iustra bem as consequencias oculares da doença, apresentando-se com ectrópio e lagoftalo, podendo resultar em úlcera de córnea (olho esquerdo).
Anéis de Kaiser-Fleisher. São linhas escuras que aparecem na circunferência da íris, por depósito de cobre. Sugere acometimento do SNC na doença de Wilson.
Membrana conjuntival. Membranas são depósitos de fibrina aderidos ao epitélio. Ocorrem geralmente após conjuntivites infecciosas.
Pterígio. Crescimento fibrovascular triangular que avança sobre a córnea. Ocorre mais comumente do lado nasal e está associado à radiação ultravioleta (exposição solar).
Úlcera de córnea. Ocorre na túnica externa, geralmente secundária a infecção ou como complicação de olho seco. Ao exame, nota-se opacificação corneana.
Xantelasmas. São pequenas bolsas palpebrais xantocrômicas (amareladas) elevadas resultantes do depósito de colesterol. É um sinal de hipercolesterolemia.
Eczema. Paciente com eczema e conjuntivite alérgica. O quadro é semelhante ao da viral, entretanto é desencadeada por alérgenos e pode estar relacionada outras manifestações sistêmicas (asma, rinite, dermatite atópica).
Síndrome de Sturge-Weber. Consiste numa mal formação congênita cuja característica marcante é a presença de mancha “em vinha do porto” na topografia do trigêmio (96%). Alterações oculares incluem glaucoma (71%), hemangiomas (69-70%) e catarata.
Retinopatia diabética não proliferativa. Inúmeras hemorragias superficiais. Nota-se a presença de exsudatos algodonosos, os quais correspondem a microinfartos.
Retinopatia diabética não proliferativa severa. Evidencia-se inúmeras machas e pontos hemorrágicos. Exsudatos duros são resultado de transudação crônica. A dificuldade em visualizar um padrão de coróide indica edema retiniano difuso. A palidez do disco indica atrofia óptica.
Retinopatia diabética proliferativa. Neovascularização intensa na superfície retiniana (indica que não houve descolamento vítreo).
Retinopatia diabética proliferativa. Dilatações venosas, hemorragias, exsudatos algodonosos, anormalidades microvasculares intrarretinianas (AMIR), e neovascularização do disco (mais importante para o prognóstico).
Retinopatia diabética proliferativa. Hemorragias prerretinianas pode ocorrer por tração dos neovasos.
Retinopatia diabética proliferativa. Proliferação ocorre tipicamente no disco e ao longo de grandes vênulas. Apesar da fotocoagulação ainda há neovascularização ativa. O vítreo não descolado é um indicativo de localização prerretiniano da neovascularização.
Conjuntivite alérgica. Hipertrofia papilar gigante (papilas gigantes) da conjuntiva tarsal superior.
Conjuntivite folicular. Tecido linfóide forma folículos sem vascularização central. Não há descarga ou hiperemia. Ocorre em crianças entre quatro anos de idade e adolescência. São causas: virus, clamídea e uso crônico de lubrificantes oculares.
Conjuntivite estreptcócica. Pseudomembranas (podem ser retiradas sem sangramento) podem ocorrer, em especial, em infecções por estreptococo.
Ceratoconjuntivite hiperaguda purulenta. Descarga purulenta reaparece rapidamente quando limpa-se a conjuntivite, que está hiperemiada e edemaciada. Geralmente ocorrer por N. gonorrhoeae ou N. meningitidis.
Conjuntivite aguda. Injeção intensa na conjuntiva bulbar e tarsal (palpebral).
Atrofia óptica glaucomatosa precoce. Nas fases iniciais do glaucoma, ocorre perda de fibras nervosas predominantemente na região temporal, resultando em escavação vertical.
Atrofia óptica. Papila apresentando palidez temporal.
Atrofia óptica glaucomatosa moderada. A seta preta corresponde a uma área de atrofia do epitélio pigmentado da retina, com maior visibilidade de vasos da coróide. Esse achado é mais comum em olhos com glaucoma e em áreas com desgaste de fibras. A seta branca representa uma área de irregularidade pigmentar e pode estar presente no glaucoma, bem como em olhos normais.
Atrofia óptica glaucomatosa. Perda global de fibras nervosas com escavação vertical.
Alterações hipertensivas e ateroscleróticas (retinopatia hipertensiva grau I). Estreitamento arteriolar generalizado com relação e cruzamento arteriovenosos patológicos.
Retinopatia hipertensiva grau II. Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos e exsudatos duros.
Retinopatia hipertensiva grau III. Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos e hemorragia em chama de vela.
Retinopatia hipertensiva grau III. Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos, dilatação e tortuosidades venosas, hemorragias em chama de vela e exsudatos algodonosos.
Retinopatia hipertensiva grau IV. Edema de papila. Carateriza a hipertensão acelerada maligna.